Fábrica de peixe inicia exportação

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010 |

O peixe possui inúmeras calorias para a dieta alimentar e os derivados são também aproveitados

Um total de 500 toneladas de farinha e 2.500 litros de óleo de peixe vão ser exportados para a República da Namíbia, na próxima semana, a partir do município da Baía Farta, a 25 quilómetros do litoral da cidade de Benguela.
Segundo o representante da empresa namibiana African Sellection Trust, Adrian Louw, a farinha e o óleo de peixe seguirão primeiro para a Namíbia, de onde serão transportados para a China, Japão, Vietname, Tailândia e às Coreias do Norte e do Sul, onde estão os potenciais mercados.
 Alguns empresários angolanos das províncias de Luanda, Bié e da Huíla manifestaram, igualmente, interesse em comprar o produto fabricado na Baía Farta, principalmente a farinha de peixe, que serve para ração animal e fertilizante na agricultura e cujo valor está avaliado em 1.250 dólares por tonelada.
 A fábrica, inaugurada na segunda-feira, tem capacidade para produzir uma tonelada de farinha de peixe e 500 litros de óleo por hora e esteve em funcionamento experimental desde Julho, na empresa Pesca Fresca, que investiu mais de cinco milhões dólares norte-americanos.
 O projecto surge no âmbito de uma parceria entre empresários angolanos, com 51 por cento das acções, namibianos e sul-africanos, que detêm 49. A secretária de Estado das Pescas, Vitória Barros, acompanhada do vice-governador para a área de organização e serviços técnicos, Eliseu Epalanga Domingos, e da administradora municipal, Maria João, inaugurou igualmente uma nova empresa de pesca e congelação denominada Congele e oito casas sociais, sendo quatro do tipo T2 e as restantes T3, destinadas aos funcionários das pescas.
 Vitória Barros considerou que a construção dos empreendimentos na Baía Farta representa o empenho dos empresários do ramo das pescas como parceiro do Governo, na luta contra a fome e a pobreza, criando novos empregos.
 Segundo o sócio gerente da empresa Congele, Miguel Paim, o empreendimento, orçado em dois milhões de dólares americanos, comporta um complexo de frio com túneis de congelação, um de conservação para 30 toneladas, três embarcações para capturar 30 toneladas de peixe cada, oficina, escritórios e refeitório. O município da Baía Farta é o segundo maior parque pesqueiro de Angola, a seguir ao do Tombwa (Namibe), e o primeiro na produção de sal.

Fonte: Jornal de Angola

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